da Câmara da vila referem às exigências da defesa militar e aludem à iminência de renovados ataques: "Tynhamos novas que nobos hindios se vynhão escõntra nós".(22) Nota do Autor

Idênticas necessidades de defesa impuseram-se a São Paulo de Piratininga. Percebe-as o previdente zelo dos Jesuítas, desde os primeiros anos, salientando-se Anchieta nesses cuidados. As primitivas fortificações da vila parece que obedeceram a um estudado plano de castrametação. "Desde os primeiros dias cercou-se de muros e estacada" a restrita área central de defesa, cujo perímetro correspondia aproximadamente ao do atual "Triângulo".(23) Nota do Autor Cercas de pau a pique, amarradas com cipó, e muros de barro de sopapo, taipados a mão, com poucas portas de entrada, com baluartes e guaritas para as atalaias, compunham a tosca cidadela.(24) Nota do Autor

No atual estádio das pesquisas históricas, difícil, se não impossível, se nos afigura restaurar com precisão o traçado da linha de muros defensivos, à falta de seguras informações documentárias, menos ainda de vestígios arqueológicos, que não podiam restar dessas construções, frágeis demais para vencer tempo tão longo. Neste ponto, há de limitar-se o pesquisador à tentativa de reconstituições conjeturais.

Batista Pereira, por exemplo, colocou o perímetro dos muros, ao longo da beira das escarpas da colina fortificada, entre os seguintes pontos da cidade atual: Largo de São Bento, Largo de São Francisco, alto da ladeira da Tabatinguera e Largo de São Bento.(25) Nota do Autor Mas Nuto Sant'Anna considera esse traçado um absurdo, sendo de opinião que as fortificações passariam pelas Ruas do Tesouro, Direita de Trás da Sé, Santa Teresa e Carmo, terminando na Igreja do Colégio; por isso mesmo, as ruas dessa área conservaram um traçado irregular e quase em semicírculo.(26) Nota do Autor

Completava-se o sistema defensivo, além dos muros, mediante aldeamentos de índios amigos e postos fortificados,(27) Nota do Autor em "pontos considerados estratégicos do lado dos sertões",