e com pequenos jardins, a exemplo das que aparecem nas ruas voltadas para o lado das Perdizes. Ao contrário, para Oeste daquela avenida, em contato com a Vila Romana, predominam as casas térreas e os pequenos sobrados construídos em série, destinados a locação, com frentes reduzidas, indicando a presença de população menos favorecida(58) Nota do Autor. Alguns prédios de apartamentos começam a fazer sua aparição, mas de maneira ainda reduzida, sobretudo nas proximidades do ponto final das linhas de ônibus (Avenida Prof. Alfonso Bovero). Fora daí, resta-nos registrar a presença de residências proletárias de tipo padronizado na Vila Anglo-Brasileira, onde existe uma certa concentração de húngaros, poloneses, lituanos, etc.
O bairro de Vila Pompeia (que, ao iniciar-se, era bem mais modesto do que hoje, conforme atestam suas construções mais antigas) tem-se valorizado bastante nos últimos anos, em virtude de poder contar com melhor serviço de comunicações com o Centro da cidade e por haver recebido muitos melhoramentos (entre os quais a pavimentação e a arborização da maior parte de suas ruas).
Lapa, porta ocidental da cidade de São Paulo(*) Nota do Autor
Quem se encaminha para Oeste, através da Vila Pompeia ou da Água Branca, penetra na Vila Romana e, com ela, na área de influência de um importante bairro-subúrbio paulistano - a Lapa, tomado este nome no seu mais amplo sentido.
Trata-se de uma área outrora afastada, mas hoje alcançada pelos tentáculos da metrópole, sem que exista qualquer solução de continuidade entre esta e aquela. No entanto, quando a percorremos, sentimos que possui uma fisionomia própria, vive sob muitos aspectos uma existência à parte e apresenta nítida individualidade. Não é a paisagem que assegura a individualidade da Lapa, mas a maior concentração de sua população e sua vida funcional, apesar dos múltiplos e fortes laços que a