particularmente as serrarias que aparecem entre a Água Branca e a Lapa propriamente dita. Daí a presença das grandes oficinas da E. F. Santos-Jundiaí, com seus milhares de operários. Daí os importantes estabelecimentos existentes na chamada Lapa de Baixo (Indústrias Martins Ferreira, Serraria Lameirão, Moinho da Lapa S. A., etc.), e os numerosos armazéns gerais que se alinham junto às vias férreas.
Na Vila Romana, as indústrias são mais variadas e menos concentradas, espalhando-se na área que tem por eixo a Rua Clélia, desde a Lapa propriamente dita até à Vila Pompeia: inúmeras tecelagens e malharias, fábricas de produtos alimentícios, de máquinas (máquinas de costura Leonam), metalúrgicas, etc., além de um número elevado de oficinas mecânicas para automóveis, ligadas ao intenso tráfego de veículos motorizados. Isto sem falar no importante estabelecimento gráfico da Companhia Melhoramentos de São Paulo, Indústrias de Papel.
Antigo subúrbio mais ou menos isolado, que a metrópole em expansão agregou à sua área urbana; com seu movimentado e complexo centro comercial muito bem individualizado; com sua população operária e de classe média dominante, a viver em habitações modestas que se alinham, numa certa monotonia, por uma infinidade de ruas sem arborização e às vezes sem calçamento, e misturam-se, em muitos trechos, com as oficinas e as fábricas; servida por duas ferrovias das mais importantes do Estado e por uma autoestrada - a Via Anhanguera, todas partindo em demanda do interior e dali fazendo vir suas riquezas - a Lapa continua a representar, hoje como ontem, seu grande papel de porta ocidental da cidade de São Paulo. Para quem nesta penetra, é um símbolo do dinamismo e do trabalho construtivo que caracterizam a metrópole trimilionária.
BIBLIOGRAFIA
I. Estudos especiais:
AZEVEDO (Aroldo de) - "A Penha e suas vilas satélites", em Anuário da Faculdade de Filosofia Sedes Sapientiae, São Paulo, 1945.
AZEVEDO FILHO (Rocha) - "A Avenida Paulista", em O Estado de São Paulo, 13 de junho de 1952. - "Os idealizadores e realizadores da Avenida Paulista", em O Estado de São Paulo, 29 de novembro de 1952.
BACELAR (Colina Street) e FREITAS (Aidee) - "Olarias e portos de areia da várzea da Penha", em Anuário da Faculdade de Filosofia Sedes Sapientiae (1948), São Paulo, 1949.