que vai ter, no rumo Norte, a Itaquaquecetuba. Suas ruas são asfaltadas, ativa é sua vida comercial, em franca expansão encontra-se esse centro urbano, cujos prédios dispõem, na maior parte, de iluminação elétrica. A presença de uma agência da Caixa Econômica Estadual (e, mais que isto, seu apreciável movimento), de pequenas oficinas, além das casas de comércio, atestam muito bem a importância de Poá.
Fora do núcleo principal, o habitat apresenta-se um tanto desorganizado e como que disperso, oferecendo as habitações alguns contrastes chocantes, pois ao lado de construções razoáveis e até assobradadas vamos encontrar modestas casas de barrote.
A pequena cidade de Poá caracteriza-se pelo seu plano completamente irregular, dentro do qual se percebem nitidamente quatro porções como que justapostas: 1) o núcleo mais antigo, que se estende ao longo e ao Sul da ferrovia, como no rumo de SE; 2) o núcleo também antigo, situado ao Norte da via férrea, cuja maior expansão se registra no rumo de NE, tendo por "eixo" a Rua Nove de Julho; 3) a Fonte Áurea, "vila" de formação muito recente, situada a NW e resultante do loteamento feito após a descoberta ali de uma fonte de água radioativa; 4) Calmon Viana, arrabalde tipicamente operário, que teve como embrião a estação ferroviária do mesmo nome e que se estende para os lados do Sul, já no vale do rio Guaió.
As duas porções primeiras são as mais importantes, por concentrarem o comércio, as pequenas indústrias, os estabelecimentos públicos. Das duas outras, Calmon Viana apresenta-se com muito maior individualidade, por conter sua própria Igreja e por ser um núcleo de habitações operárias, mais ou menos padronizadas. Todavia, é de se prever que a Fonte Áurea venha a ocupar posição de destaque como bairro residencial de tipo mais fino.
No início da década, de 1940-45, apenas os dois primeiros núcleos atrás citados achavam-se bem definidos (embora ocupando áreas muito menores), não tendo Calmon Viana mais do que "dois modestíssimos bares" e "meia dúzia de habitações", que apareciam no caminho que se dirigia para Poá, a atual Avenida Brasil(10). Nota do Autor E que Poá cresceu extraordinariamente