Vultos do Império

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Antroponímia patriótica da Independência (1822/1824)

O nacionalismo dos brasileiros que em 1822/1823 lutaram pela dissolução do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em favor da organização do separado e independente Império do Brasil, assumiu alguns aspectos ocasionais e ingênuos, como o do abandono de nomes que se supunham nitidamente lusitanos e sua troca por outros que se acreditavam fossem rigorosamente nativistas.

No Apostolado carioca de 1822/1823

Além dos nomes, hoje diríamos nacionalistas, que publicamente se adotaram, outros permaneceram secretos na maçonaria e na carbonária Nobre Ordem dos Cavaleiros da Santa Cruz, o Apostolado carioca de 1822/1823. Assim, se naquela foi o príncipe regente, depois imperador D. Pedro I, astecamente cognominado Goutimozim (sic), na segunda coube essa designação indo-mexicana (Guatimosin) ao ministro da Fazenda, Martim Francisco Ribeiro de Andrada.

Seus irmãos, José Bonifácio de Andrada e Silva, "cônsul" do Apostolado, e Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva, "apóstolo", foram, brasílica e britanicamente, Teberiça (sic) e Falkland, respectivamente. D. Pedro, "arconte rei", romanamente começou como Rêmolo, nome logo corrigido para Rômulo.

Outros nativistas seriam os que na Nobre Ordem escolheram as denominações de Americano (F. C. P.), Cacique (J. C.), Brasileiro (F. C. L.), Jaó, Tacuruçá e F. C, B. M. Camerão (sic).

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