Vultos do Império

Reminiscências gregas demonstraram o trêfego alagoano padre José Antônio Caldas (Codros II), o oficial de Marinha Luís Barroso Pereira (Epaminondas), além de Alcides (J. J. A.), Telêmaco (A. R. S.) e Aristóteles (J. J. S.).

Lembranças romanas também seriam as de José Alexandre Carneiro Leão, depois visconde de São Salvador de Campos (Antonino), as de Catão (F. F. M.), Régulo (B. P. O.), Tito (M. A. A. C.) e Níceo (J. I. C.).

Nem faltou uma alusão zoológica: Tigre (Manuel Marcondes de Oliveira e Melo, testemunha do Grito do Ipiranga, depois barão de Pindamonhangaba).

Não enigmático seria o brigadeiro Miguel Nunes Vidigal, o das Memórias de um sargento de milícias, no Apostolado apenas Miguel. Como Espelho designaria o redator do jornal carioca desse nome, o baiano Manuel Ferreira de Araújo Guimarães. Mas tão complicado quanto o próprio nome de d. Nuno Eugênio de Lóssio e Seiblitz, seria seu pseudônimo no Apostolado - Zaniolxis(1) Nota do Autor.

Na Bahia guerreira de 1823

Na Bahia de Todos os Santos, onde foi mais ativa e prolongada a Guerra da Independência, numerosas foram as demonstrações de nossa antroponímia patriótica. Algumas até hoje subsistem, outras guardam-nas apenas a história, muitas completamente se perderam no anonimato de descendentes de portugueses que artificialmente pretenderam demonstrar origens caboclas ou afro-brasileiras.

No jornal O Independente Constitucional, a partir de 1º de março de 1823 publicado na vila da Cachoeira, redigido pelo famoso bacharel Francisco Gomes Brandão Montezuma, futuro senador do Império e visconde de Jequitinhonha, registraram-se aquelas mudanças de nomes. De acordo com a respectiva e raríssima coleção, existente na Divisão de Obras Raras da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, foram ou não justificadas aquelas mutações antroponímicas. Se o não fossem, a razão estava implícita: nacionalismo ingênuo, obediência à moda que se supunha patriótica e indicativa de

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