DUAS PALAVRAS
A revolução articulada na Bahia e descoberta em 1798 mais não foi que o último marco da inquietação nacionalista que encheu todo o século XVIII, nessa transitoriedade histórica que atingiria o ápice na revolução pernambucana, em 1817.
A reação nativista se, de um lado, reflete a influência espiritual e política de outras nações, fora da órbita absolutista e absorvente do domínio português, de outro revela o esforço em romper o padrão econômico e a sujeição imposta pela coroa lusitana, incompatíveis com a vida e interesses do Brasil.
Não havia nessas tentativas, a princípio, a unidade nacional que as distâncias e os meios de transportes retardavam, mas se criava uma consciência que a universalidade da língua e dos interesses ia plasmando, e, em pouco, claramente se revelava, opondo ao espírito do despotismo um espírito de autonomia cada vez maior.