Quando, na secretaria do reino, o Marquês de Pombal desencadeou a sua "violência terrorista" "humilhando a nobreza, recalcando e aniquilando a teocracia" para reforçar o poder real, a colônia aproveitou essa situação de alarme e descontentamento para tirar proveito próprio com as associações secretas que se estenderam no Reino inteiro, como rede defensiva da realeza contra a igreja. Aqui, não encontrando reação dos padres nem dos nobres, voltou-se contra a autoridade do rei. Células vivas do poder que eram, transformaram-se em conventículos da revolução libertária.
O advento da república na Norte América e a vitória da revolução francesa reavivaram as esperanças de independência, criando um ambiente de inquietação sempre crescente nas várias capitanias, independência a que não eram indiferentes os demais países, esperançados de lograrem vantagens comerciais sobre tudo que Portugal controlava ou fechava em privilégios.
As transações comerciais com estrangeiros, consideradas até 1794 crime político, se praticadas sem licença, criaram maiores possibilidades de êxito, trouxeram novos alentos aos sonhadores. Mas, na razão direta das atividades nacionalistas e violências nativistas, na proporção das vantagens que se davam à colônia e aos brasileiros, o governo português, vigilante e enérgico,