e opressões, o povo, que nascia dessa amálgama do sangue invasor com o do indígena, cheio de ódio, e com o do negro escravo, trouxesse, com a força de uma raça nova, a mesma bravura de seus ancestrais, com direito de viver tranquilo, sem perturbações, nessa terra em que tudo era grande, mas que os arrivistas aventureiros vilipendiavam. Nascia com eles um orgulho prenhe de audácias e repontava um nativismo imoderado e provocante. Era um povo que surgia contra um povo que fraquejava ao completar o ciclo da sua evolução. O choque era fatal. As células reacionárias, cujo trabalho era incessante nos latifúndios, mantinham, aplaudindo e incentivando, as oposições passivas, as agitações, com a sua tolerância e o seu apoio. Firmava-se lentamente uma expressão nova de nacionalidade. Os desbravadores dos sertões, conquistadores de um mundo novo, de riquezas adquiridas com sangue e vida, integravam seus ideais, fundiam suas aspirações com os seus irmãos, povoadores das costas, pegureiros da civilização e heróis de epopeias, talhando, num só bloco, uma raça e um povo aptos a cumprir o determinismo de um futuro grandioso.
O instinto de liberdade nessa gente que surgia do sangue caldeado de três raças, generoso e bravio, tornava-a petulante, irreverente e destemorada