O problema nacional brasileiro: introdução a um programa de organização nacional

da ortodoxia darwinista. A doutrina da variação das espécies, por saltos ou mutações, de Hugo de Vries, não era contrária às ideias fundamentais da perfectibilidade dos caracteres das raças, transmitidos individualmente, assim como não o eram as teorias da variação e da herança, de Mendel.

Tal era o pensamento dominante na ciência quando a história das ideias começou a testemunhar este caso expressivo. O professor Augusto Weissmann, sábio alemão, médico de um arquiduque austríaco até certa época da sua vida, catedrático, depois, em Friburg, tendo feito, em começo da sua carreira, estudos de biologia e, mais especialmente, de zoologia, surgiu, em 1889, com a sua teoria do plasma germinal, que importando inteira separação e independência, nos organismos, do plasma germinal e do plasma somático, acarretava as conclusões da distinção irredutível entre as raças e da intransmissibilidade dos caracteres individuais.

Coincidindo com o aparecimento deste estudo, um outro sábio alemão, o antropologista O. Ammon, publica, em 1890, o livro Seleções sociais, veemente apologia da superioridade da raça teutônica, onde se pregam, com honrosa e ingênua franqueza, os direitos de expansão e de dominação da raça teutônica, o imperialismo do novo

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