O problema nacional brasileiro: introdução a um programa de organização nacional

indivíduos de espécies profundamente diferentes, e de esterilidade, em uniões de espécies afins.

A natureza não conhece quadros de classificação. A classificação não é mais que uma convenção, não científica, mas técnica, destinada a facilitar os processos lógicos da análise, da indução e da dedução. Quando se fala, assim, em gêneros, espécies, raças e variedades, a propósito de grupos de indivíduos, cumpre ter sempre em vista que tais grupos não se cindem, não se incluem, nem se excluem com fronteiras rigorosamente traçadas. Quando, assim, Naudin, citado por Sergi, define a espécie: "um grupo de indivíduos semelhantes, que contrastam de qualquer modo com outros grupos, conservando, na sucessão das gerações, a fisionomia e a organização comuns a todos os indivíduos", o sábio naturalista dá uma definição da espécie, que poderia servir, igualmente, ao gênero, à raça e à variedade. Desta definição excluem-se, apenas, de fato, as variações individuais, não transmissíveis por herança. É a justa crítica que, com mais desenvolvimento, faz Kermer de Marilaun, também citado pelo etnólogo italiano.

Se é certo, assim, que a tendência para a diferenciação, que os fenômenos mesológicos e os

O problema nacional brasileiro: introdução a um programa de organização nacional - Página 158 - Thumb Visualização
Formato
Texto