dos híbridos. Os selccionistas partidários da desigualdade natural das raças, afirmando a superioridade da raça caucásica e, em particular, da nórdica teutônica, repelem, veementemente, o cruzamento, pelos dous seguintes motivos: a geração de um tipo intermédio, quando o esforço da raça superior deve consistir em manter ilesa a pureza do seu sangue nobre; e a desarmonia e desequilíbrio orgânicos, consequentes do conflito, no indivíduo, de sangue mesclado de caracteres estranhos e, por vezes, incompatíveis. Vê-se assim que, perante a teoria — que nada tem de científica — da superioridade de certas raças, o cruzamento, longe de ser recomendável, encontra esta primeira objeção, de certo peso: o presumido progresso étnico, obtido pelo produto da união de duas raças, que se supõe subir acima do plano da raça inferior, ficando em primeira geração a meio caminho da raça superior, até confundir-se, de todo, em sucessivos cruzamentos progressivos, no nível desta, além de contraindicado, pelo fato, já observado, da esterilidade dos híbridos, é neutralizado, e pode-se até considerar destruído, pela aliança de elementos geradores orgânicos, de órgãos, de tecidos, de caracteres físicos e psíquicos, desarmônicos, incompatíveis, possivelmente hostis.