O problema nacional brasileiro: introdução a um programa de organização nacional

talvez, afirmar que as influências patogênicas aqui dominantes — que, diga-se incidentemente, não nos são exclusivas, ou não se originaram em nosso país — não se acentuam, aqui, em grau desfavoravelmente desproporcionado à nossa sociedade. Um olhar observador, lançado, durante algumas semanas, sobre as populações das grandes capitais europeias, basta para convencer que a decadência física, de causa patológica, é um fato muito generalizado, nos centros das velhas civilizações.

Uma outra razão, de profunda e prática filosofia médico-social, é de ordem a nos dar, não só tranquilidade, senão até animação. O conceito da moléstia e o conceito da saúde, são temas que começam a submeter aos homens de ciência novas e interessantíssimas questões, com respeito ao valor das categorias patológicas. Como causa mortis, ou como causa de enfraquecimento e de degeneração do indivíduo e da estirpe, começa-se a inquirir se, posta em confronto com outros fatos da vida, a moléstia representa, realmente, o principal fator da decadência humana. Em face dos fenômenos comuns da vida, e dos fatos classificados nos livros de patologia, se a noção da moléstia não se define com uma precisão bem nítida, muito menos clara é a noção da saúde.

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