O problema nacional brasileiro: introdução a um programa de organização nacional

agora a oportunidade para que o governo brasileiro se dispusesse a examinar o estado da propriedade industrial estrangeira no país, de forma a impedir, por algum tempo, senão a sustar, o seu desenvolvimento.

Quem quer que estude conscienciosamente a nossa história econômica será forçosamente levado a concluir que a vitalidade da nação brasileira representa o produto de três formas de indústrias: a exploração colonial, extensiva, das riquezas do solo; o desenvolvimento do comércio; e, recentemente, um certo surto industrial, criado e animado por meio de tarifas protecionistas. A contribuição da cultura intensiva nas colônias estrangeiras, fator insignificante nas trocas do comércio internacional, pouco mais pesa nas do comércio interno.

Ora, se o trabalho, grosseiro e perdulário, do senhor de vastas terras, tem sido um saque brutal às nossas riquezas, o comércio que ele provocou, instalou e animou foi, e será, o mais eficaz auxiliar, do esgoto, da exportação, do êxodo, de seus frutos. As colônias têm sempre um comércio de caráter sui generis e as produções exóticas são exploradas por intermediários, ávidos de lucros largos e fáceis.

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