não está em sua civilização material, senão na cultura moral e intelectual da sua sociedade.
O progresso material dos americanos é uma obra audaciosa e febril, um esforço monstruoso de energia, no trato da natureza, com fito no enriquecimento: saque formidável sobre o futuro, em suma, que só a cultura, também intensa, de seus homens permite esperar ver resgatado. Seguindo o seu exemplo, na audácia da exploração material, não os seguimos, no da cultura do homem. Aquela audácia, por um lado, tal incúria, por outro, são riscos de um seguro aleatório, temeridades dificilmente reparáveis.
A natureza da terra americana; seus climas, temperados ou frios; seu sistema hidrográfico; a expansão, rápida, porém metódica, das suas populações, concomitante com o desenvolvimento das vias férreas; uma relativa estabilidade de populações e de trabalho, nas zonas primitivamente exploradas; o conhecimento prático da terra e das culturas; a falta de culturas vivazes, de longa duração, esgotantes, e de difícil, senão impossível, replanta, segundo a experiência verificada; a regularidade das estações, idênticas às da Europa; o suprimento normal de águas e de umidade às terras e ao ar, pelo degelo e pelas neves; a formação permanente de humus, com a queda regular