O problema nacional brasileiro: introdução a um programa de organização nacional

e vertiginoso desenvolvimento da viação, dos meios de circulação, dos instrumentos de tráfego, de crédito e de exploração, e da excitação da curiosidade, com a leitura e com as viagens — acumulou, sobre estas nacionalidades, já habituadas pelo regime colonial à passividade econômica, gigantescos mecanismos mercantis de extração e de desvio de riquezas.

As exportações comerciais para os mercados externos representam o esgoto da substância, da riqueza dos solos, brutalmente explorados; o que as importações restituem não passam de mercadorias e produtos de interesse secundário, de satisfação de necessidades imediatas, quase sempre de uso breve e rápido consumo. O capital que permanece, acumulado nas cidades, em indústrias de transformação, no comércio, em prédios e na propriedade móvel, representa pequena fração dos prêmios da produção, e fica quase todo esterilizado.

O progresso mágico dos Estados Unidos é a miragem que seduz quase todos os diretores das sociedades americanas; mas o desenvolvimento da nação dos yankees fundou-se sobre bases mais sólidas e sobre terreno mais conhecido que o de outras nações do continente, e principalmente, do que o Brasil; e o melhor modelo que eles nos oferecem

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