Há, é fato, uma ciência de laboratório, com que espíritos fantasistas, por um lado, e espíritos mercantis, por outro, esforçam-se, obedecendo, sem o sentir, à mesma orientação que guiou os alquimistas na pesquisa dos meios de fabricar o ouro, ao mesmo estímulo que tem conduzido os que estudam os fatos da vida humana a cultivar de preferência a medicina, aperfeiçoando a arte de inventar remédios, em vez de estudar os meios de defender, de propagar e de multiplicar a saúde, pelo desenvolvimento das condições normais da existência; ciência em que é ainda visível a tendência da imaginação primitiva para as maravilhas e para os milagres, ao lado da ambição de domínio espiritual, de feiticeiros e de mágicos, e de uma forte dose de cobiça industrial; que se esforça, dizíamos, por substituir as criações naturais por criações de síntese. Tal ciência, quando não representa uma ilusão, não é senão um erro de especialistas, que só alcançam os fins e as probabilidades, parciais, ou momentâneas, de seus inventos — pagos, afinal, com o desequilíbrio das forças físicas ou econômicas, da Terra e do homem.
Não é possível, por mais que se procure atenuar a imagem da nossa dissidia, para com os interesses vitais do país, na orientação que lhe estão