dando os seus financeiros e administradores, dissimular a penosa impressão dessa renúncia da autonomia, da capacidade econômica, da personalidade nacional. Jamais, em qualquer das nações avariadas do mundo, se viu permitir tão completa, tão imprudente, tão leviana alienação de riquezas e de negócios. Aos títulos da dívida pública, e aos títulos garantidos, de empréstimos estaduais, que dão a certos trechos do território nacional uma posição de verdadeiros feudos das bolsas estrangeiras; aos empréstimos, que, sem fiscalização, e sem ciência, talvez, da União, vão fazendo, no estrangeiro, as municipalidades; às indústrias, fundadas e exploradas por empresas estrangeiras; às estradas de ferro, que já lhes pertenciam; ao lento processo de apropriação por estrangeiros, de meios de trabalho e de fontes de riqueza: fatos que resumem a história da nossa colonização, juntar, de chofre, sem que isso represente um fenômeno normal da nossa evolução econômica, senão simples consequência do nosso desgoverno, da existência, nos mercados estrangeiros, de capitais desempregados (causa e origem da política imperialista) e da solicitação de agentes e intermediários nacionais e estrangeiros, uma instantânea alienação das mais extensas e das melhores das nossas estradas de ferro, concessões, de toda a espécie,