e resolver a equação do seu desenvolvimento, com o estudo da relação entre o estado da sua economia e a economia dos demais países, mais audazes e combativos; repousando, em suma, entre o doce descuido da sua vida confiante e o intrépido avanço conquistador dos outros, o nosso povo vivia cego à realidade — entretanto, evidente — de uma nação que não chegou a se definir, entre as gerações fortes dos colonos que a vêm explorando e as dos indígenas e filhos de colonos, anulados para o trabalho e para a luta.
O povo não tinha meios de prever o perigo. Confiava, como era natural, nos que o governam e nos que exercem a missão de o dirigir. Somos um país juridicamente organizado, com uma constituição e leis, instituições políticas, administrativas, poderes públicos e funcionários. Estes aparelhos e instrumentos não têm outra razão de existir, outro título de legitimidade, senão os que lhes vêm do mandato de zelar pela causa pública, de gerir os interesses coletivos. Preservar o interesse geral contra a soma dos interesses individuais; dirigir a vida permanente do país, através dos impulsos pessoais e das correntes passageiras da paixão, da ambição e das ilusões; defender o todo contra as partes, a agregação contra a desagregação, o interesse público contra os apetites,