dos povos novos, cujo desenvolvimento tende a ser obstado, desviado, ou esmagado por força de suas correntes, muito mais poderosas.
As causas apontadas nestes trabalhos explicam inteiramente a nossa desorganização: o descobrimento e o povoamento por uma nação de qualidades fortes por natureza, mas fraquíssima pela estreiteza de seu território que, comprimida entre as migrações e guerras do continente e a concorrência e as lutas do oceano, entrou, por isso, logo depois do descobrimento, em longo estado de subordinação e declínio, concentradas todas as suas energias num heroico e, em grande parte improfícuo, esforço defensivo; a disparidade da terra colonizada com a terra dos colonizadores, apresentando problemas de adaptação e de cultura, até agora não solvidos; a síncope da evolução política, com a vinda da casa de Bragança. Sem contar outras causas, de natureza social e política, peculiares algumas, também, ao nosso meio, mais de uma, porém, comum à história de outros povos de organização política e progressos mais aparentes que reais, são estas três bastantes para dissipar todas as dúvidas sobre os antecedentes da nossa organização. No Brasil, o ressecamento das terras e do ar, as secas periódicas, cada vez mais prolongadas,