da Germânia. Mas o espírito da nação permaneceu sempre o mesmo, dentro dos muros de Roma, ou, sob a autoridade dos prefeitos, nas províncias imperiais e nas senatoriais.
A nação era a sociedade de todas aquelas gentes, congregadas à força pelas legiões romanas, mantidas, depois, em disciplina, por amor à paz e no interesse da segurança e da vida em comum: da ordem, em suma, fundada sobre a confiança na proteção, no amparo, na assistência.
Feudal, na Idade Média, imperial, durante as grandes monarquias modernas, a ideia de nação readquire, por algum tempo, em mais recente período, ao influxo de doutrinas liberais, o velho sentido de sociedade étnica, com a denominação de nacionalidade, mas cristaliza-se, por fim, no consenso geral, aplicada às grandes divisões políticas, no sentido de povos — sociedades dos habitantes de um país, compreendendo toda a sua vida: a vida memorial dos antepassados e a vida efetiva da geração presente.
A nação brasileira é, assim — num primeiro sentido superficial, a associação dos indivíduos e famílias que habitam o Brasil com ânimo de permanência, protegidos pelo conjunto dos órgãos da sua política: o Estado; formando, sobre seu hábitat territorial, o país, graças à consciência