D. Pedro I e D.Pedro II – acréscimo às suas biografias

Estado. Nem deixou de mencionar a circunstância, para Joaquim Nabuco a verdadeira causa da extinção do regime monárquico no Brasil, de estar o Império "cercado de Repúblicas".

Os projetados casamentos de suas duas filhas mais velhas, D. Maria da Glória e D. Januária, então com dez e sete anos de idade, respectivamente, com príncipes franceses, parece dar razão à alegação de um contemporâneo, que se guarda no mesmo Arquivo petropolitano, de ter por essa época se aproximado a política imperial brasileira da francesa de Carlos X, talvez com a esperança de uma ação decisiva da França em Portugal, contra D. Miguel, como não se animava a realizar a aliada Inglaterra, e como, anos antes, efetivara na Espanha. A queda daquele Rei francês, em 1830, anularia essa esperança e apressaria a abdicação do próprio D. Pedro I.

Também deve ser notado que três vezes mencionou este, no "Plano", a hipótese de sua morte violenta.

A mais importante declaração nele contida é, porém, a relativa ao seu propósito de abdicar "infalivelmente" ao trono do Brasil, caso a Assembleia Geral lhe negasse a desejada licença para ir à Europa. Tinha, portanto, razão, o nosso grande historiador Capistrano de Abreu, ao registrar, em 1925, que "Mais de uma pessoa ouviu a D. Pedro I que a abdicação do trono e a retirada para o Velho Mundo dependeram só de sua vontade"(1) Nota do Autor. Mais do que isto podemos dizer agora, à vista do citado "Plano": desde 1829, pelo menos, já pensava o Imperador em sua voluntária renúncia.

Adiante transcrevemos, na íntegra, o valioso documento, em que respeitamos a original redação e sintaxe do autor, embora atualizando sua arbitrária pontuação e ortografia. É o seguinte o respectivo texto:

D. Pedro I e D.Pedro II – acréscimo às suas biografias - Página 25 - Thumb Visualização
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