da sapiência do Imperador; da qualidade, que lhe atribuíam, de poliglota; quanto à poesia que disse ser plagiada de Garção; quanto a ter mencionado o "resto" do último Ministério presidido pelo Duque de Caxias; quanto a cochilar nos exames e concursos a que frequentemente comparecia, etc. É provável, portanto, que as referidas acusações tenham aparecido primeiramente em artigo jornalístico, depois se repetindo no citado folheto, hoje raríssimo, de injustiças desde 1883 assinaladas por Sacramento Blake no 1º volume de seu Dicionário Bibliográfico Brasileiro.
Texto da resposta de D. Pedro II
É o seguinte o texto, anotado, do citado autógrafo imperial, feitas, apenas, modificações de ortografia e pontuação:
"Eu não posso formar estadistas. Desde a criação da Presidência do Conselho, no Ministério do Paula Sousa, em 1848(2) Nota do Autor, é o Presidente do Conselho quem tem escolhido os outros Ministros, sobretudo depois que foi tomando corpo a acusação infundada de poder pessoal. Além do Rio Branco, muitos outros bons Ministros têm aparecido, que se possam considerar formados durante estes 40 anos(3) Nota do Autor.
"O dizer que eu pretendo ser sábio, é tão fundado como acusarem-me de aspirar ao poder pessoal. Até minha maioridade, poucos anos tive para aprender, e, depois, o cumprimento dos deveres do meu cargo não me deixaram muita folga para estudar. Apenas leio quanto posso e, por isso, hei de ter sabido quanto me falta aprender para ser sábio. As conversas com os que muito mais sabem do que eu, disso mesmo me têm