D. PEDRO II ABOLICIONISTA (1884)
Constitui verdade muito conhecida dos historiadores da escravidão no Brasil, a de terem sido abolicionistas muitos estadistas e políticos de nossa monarquia, desde José Bonifácio, o Patriarca, conforme, quanto a este, ainda em 1963 se recordou, por ocasião das comemorações do bicentenário de seu nascimento. Se não puderam realizar a Abolição da Escravatura antes de 1888, pelo abalo que traria à economia nacional, de base agrária, para ela seguramente caminharam, através de decisivas medidas, como as leis de 1831 e 1850, contra o tráfico de africanos, as do Ventre Livre, de 1871, da liberdade dos Sexagenários, de 1885, afinal a Lei Áurea, de 1888.
Os próprios Imperadores D. Pedro I e D. Pedro II, sem falar na Princesa D. Isabel, a "Redentora", foram também partidários da extinção do cativeiro. Quanto ao Proclamador da Independência e Fundador do Império, no Jornal do Comércio revelamos, em folhetim de 5 de outubro de 1962, um engenhoso plano que a respeito arquitetou, de financiamento da imigração europeia pelo próprio tráfico de africanos, assunto de artigo que sob o pseudônimo "Filantropo" publicou no n.º 160 do jornal carioca O Espelho, de 30 de maio de 1823.
A Lei do Ventre Livre sugerida em 1864 por D. Pedro II
Quanto ao filho e sucessor, datam de 1864 suas sugestões no sentido de ser concedida liberdade aos filhos das escravas, conforme sete anos depois se determinou. A 14 de janeiro daquele ano, em "Apontamentos" dirigidos ao Conselheiro