Suas leituras, não por sua vontade, tornaram-se mais francesas: Paul Bourget, Maine de Biran, Nourrison, Voguë, livros de viagens, jornais, revistas. Numa destas, de Barral, brigavam os colaboradores, registrou.
Último "Diário" do Imperador
Em Paris, de 12 a 24 de novembro de 1891, escreveu D. Pedro II seu Diário final, que antes numeramos 43, mas que, pelas razões antes expostas, deverá ser 45. As derradeiras páginas, relativas à sua doença, foram escritas por outras pessoas, inclusive a Princesa D. Isabel.
Visitaram-no, antes de ir para a cama, Oppert Felbermann, que conhecera George Sand, sua antiga admiração. E Delgado de Carvalho, que com a Proclamação da República deixara o serviço diplomático e residia, então, em Clarens, na Suíça.
A 15 de novembro, segundo aniversário da mudança do regime, no Brasil, lia D. Pedro a biografia de Jean de Witt, de Lefèvre Pontalis.
A 19, foi à sessão da Academia de Ciências do Instituto de França, a que pertencia. Fê-lo novamente a 23, quando votou em Gastão Boissier para sócio. Foi a última vez que saiu.
A 20 passeara de carro, folheara um livro de Júlio Verne. Retomou o trabalho sobre as traduções dos Lusíadas.
Datam de 24 os últimos registros de sua mão: "O Deodoro demitiu-se". E outro: "Tenho pensado sobre as relações entre o moral e o físico, sobretudo a meu respeito".
As derradeiras anotações contêm dados sobre a doença, visitas, inclusive do médico Charcot.
A 29 e a 1º de dezembro, ouviu leituras do poeta Tieck.
Do dia de seu 66.º aniversário teria ditado à filha a seguinte nota: "Ano melhor que o passado para mim, desejo a todos que estimo".
Suas últimas frases registradas por outrem, referem-se ou ao seu desejo de regressar a Cannes ou partir para a morte, no dia 6: "Je ne parle plus aujord'hui, mais peut-ètre le 6