D. Pedro II ao Visconde de Taunay", nem nas duas edições do referido volume Pedro II, de 1933 e 1938. O que se deverá ao fato de não ter chegado a expedi-la o Imperador, ou, se o fez, ter-se-á extraviado. Em seu Diário do Exílio n.º 40, registrou ele, a 24 de junho de 1891, ter recebido carta do Visconde, com a "Fé de Ofício" impressa. "Respondi a Taunay", assinalou a 27 do mesmo mês, nada constando na data de 22 de junho. Por esse motivo, e pelo interesse dos esclarecimentos de D. Pedro II, aqui transcrevemos a referida retificação, escrita antes da recepção daquela carta de Taunay:
"Vichy, 22 junho, 1891
"Taunay
"O Brasil de 29 e 30 de maio obriga-me a escrever-lhe o seguinte, de que fará o melhor uso.
"Minhas palavras sobre o ensino leigo e a separação da Igreja do Estado não podem ser consideradas confirmação de ideias revolucionárias. Sempre quis que prevalecessem tais princípios; porque m'os impunha minha razão.
"Nada tem isso com a frequência de sacramentos, matéria de fé, e só os atos religiosos do culto externo.
"A propriedade literária nunca foi para mim a verdadeira propriedade, admitindo, como Herculano(58) Nota do Autor, a ideia de prêmio, se não fosse em geral a ideia financeira, e a dificuldade de concessão de prêmio em relação ao mérito"(59) Nota do Autor.
Correspondência publicada de D. Pedro II
Para a biografia de D. Pedro II, indispensável à História de seu Reinado, muito contribuirá a publicação de sua vastíssima correspondência, durante mais de meio século mantida,