D. Pedro I e D.Pedro II – acréscimo às suas biografias

"A nação dividida em dois partidos, disputavam entre si a preferência do poder (sic).

"O Sr. D. Pedro I, para convencer ao povo que o bom governo não estava nem neste nem naquele partido, principiou a nomear ministros de todos os partidos, os quais não tinham a felicidade de agradar nunca; e faziam recair a culpa dos maus atos dos ministros sobre o soberano.

"Então o Imperador, cansado de tanto sofrer e vendo a sua autoridade quase comprometida, tomou uma medida mais enérgica.

"Nomeou então um Ministério conforme seu entendimento, e achando-se os inimigos do Imperador desapontados com esta resolução, mudaram de cena e puseram em prática outro plano fomentando traições.

"O Sr. D. Pedro I havia enviado a Paris, em comissão especial, o Marquês de Santo Amaro, para conferenciar com Carlos X, Rei de França, sobre a elevação de Sua Majestade Fidelíssima Dona Maria II ao trono de Portugal, na mesma ocasião que o gabinete inglês tratava da queda daquele Rei, em 1829 — partindo também para a Europa o Marquês de Barbacena, encarregado de acompanhar a Sr.ª D. Amélia, 2ª Imperatriz do Brasil(10) Nota do Autor.

"O Marquês de Barbacena, um dos mais beneficiados do Imperador, foi também um dos mais ingratos, o principal traidor e seu inimigo encarniçado. Na sua volta da Europa, conhecedor do jogo do gabinete inglês, aproveitou tudo para fazer vacilar a coroa na cabeça do Sr. D. Pedro I.

"Comissionado pelos clubes antimonarquistas da Europa, ou antes, da Inglaterra, (a) que de forma alguma convinha a estada do Sr. D. Pedro I (no) Brasil, organizou clubes de

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