toda a correspondência entre o Imperador e Carlos X e outros papéis importantíssimos(12) Nota do Autor.
"À vista disso o Imperador entendeu ser mais (sic) abandonar estes ingratos, deixando-os entregues a si, pois eles mesmos se castigariam.
"Não quis o Sr. D. Pedro I sacrificar brasileiros seus amigos e súditos fiéis às maldades de seus traidores: além de que os interesses de sua Augusta Filha o chamavam à Europa, e então abdicou a coroa imperial em seu Augusto Filho o Sr. D. Pedro II, deixando-o como penhor de seu amor aos brasileiros e como anjo da guarda do Brasil, que sem dúvida teria sido vítima dos traidores que ainda existem.
"Deus preserve o Sr. D. Pedro II deles; porque o inimigo do Pai não pode ser amigo do Filho.
(a.) José Gonçalves da Silva.
"Rio de Janeiro, 12 de agosto de 1864"(13) Nota do Autor.
III — Relato da partida
A partida da Família Imperial Brasileira para o exílio, a 17 de novembro de 1889, depois de proclamada a República, foi muito bem narrada por um repórter de qualidade, o escritor Raul Pompéia, em páginas depois merecidamente divulgadas pelo monarquista Carlos de Laet, na Antologia Nacional, leitura obrigatória de muitos milhares de preparatorianos brasileiros.