Estudos de história imperial

58 anos mais tarde, seu filho e sucessor D. Pedro II.

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Posto que datada de 6 de abril, é posterior a esse dia da revolução, ultimada na madrugada seguinte, a nomeação a que quis dar força de decreto, relativa ao cargo de tutor dos príncipes que permaneceriam no Brasil, inclusive do próprio Imperador-menino, confiado a José Bonifácio.

A nobreza da escolha, recaindo no Patriarca da Independência, auxiliar indispensável da obra de 1822 e exilado subsidiado de fins de 1823 a meados de 1828, jamais pôde ser negada. Começa o documento de modo característico, evidenciando a sinceridade do signatário:

"Tendo maduramente refletido sobre a posição política deste Império, conhecendo quanto se faz necessária a minha abdicação, e não desejando mais nada, senão Glória para mim e Felicidade para a minha Pátria: Hei por hem, etc., - não poupando adjetivos ao velho Andrada, 'muito Probo, Honrado e Patriótico' Cidadão".

Um brocardo latino inicia a carta-convite do dia 7, já escrita a bordo da nau inglesa "Warspite", relembrando o gosto das citações do gênero, já patenteado em antigas missivas ao pai:

"Amicus certus in re incerta cernitur.

É chegada a ocasião de me dar mais uma prova de amizade, tomando conta da educação do meu amado e prezado filho, seu Imperador.

Eu delego em tão patriótico cidadão a Tutoria do meu querido filho, e espero que educando-o naqueles

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