George Canning e o Brasil 2º v.

Casa de Bragança e defender a conservação do princípio monárquico na América do Sul.

Numa tentativa de conciliar a opinião do governo português com o inevitável reconhecimento da independência do Brasil, elaborou um expediente, que foi mostrado a Caldeira Brant, com algumas sugestões que o cônsul Chamberlain deveria apresentar ao governo brasileiro para consideração. Naquele momento, Canning não deixava de estar preocupado com a viagem, de regresso ao Brasil, do representante francês de Gestas, o qual, segundo fora informado, tinha por missão do Ministério do Exterior do seu país "fazer pressão sobre o governo brasileiro no sentido de uma acomodação com Portugal, em bases de uma conexão mais estreita, senão mesmo de uma dependência colonial renovada"(3). Nota do Autor

Orientando Chamberlain sobre o verdadeiro sentido daquela demarche, Canning acrescentou: "se as únicas alternativas que se oferecem ao governo brasileiro forem, de um lado, essa renovada dependência colonial e, de outro, a renúncia total e absoluta a Portugal, julgo que a opção do Brasil será feita, imediatamente, a favor da renúncia total e absoluta, o que, no atual estado de agitação dos espíritos nesse país, poderá significar a ab-rogação, não somente dos direitos da casa de Bragança, mas da forma monárquica do governo"(4). Nota do Autor

Pensando na extensão dos prejuízos que uma atitude precipitada do Brasil poderia determinar, em face da missão de Gestas, sugeriu, pois, a acomodação contida nos itens que se seguem:

a) "que a atual independência do Brasil deva ser reconhecida por Portugal";

George Canning e o Brasil 2º v. - Página 28 - Thumb Visualização
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