Plácido de Castro, um caudilho contra o imperialismo

já haviam feito em postas o corpo do valente capitão Juan de Palacios.

Expedições sobre expedições, cada qual marcando mais fundamente a posse espanhola de todas as terras banhadas pelo rio de Orellana.

Somente agora, entretanto, um século depois, é que uma expedição vai pela primeira vez subir o rio das Amazonas, afrontando a brutalidade da torrente. E partirá dali mesmo onde Vicente Ianes Pinzon, no ano de 1500, julgara estar navegando sobre as águas de um mar dulce.

São quarenta e sete canoas, movida cada uma a vinte remos, que levam ao todo duas mil e quinhentas pessoas, entre brancos e indígenas, mulheres e crianças, capitães, escribas, almoxarifes, soldados e capelães. E, à frente da aventura, um capitão português - Pedro Teixeira.(5) Nota do Autor

Aos 26 de outubro de 1637, Pedro Teixeira põe-se a enfrentar a correnteza, rumo ao poente.

Longa e tormentosa viagem, por longos e tormentosos dias.

Não importa que já navegue muito além do ponto por onde o Papa Júlio I riscou a linha de Tordesilhas. Desde a morte de D. Sebastião em 1580, Portugal está jungido à tirania de Castela. Portanto, apagada também se encontra a fronteira que antes separara os dois domínios, hoje fundidos sob a coroa de Felipe IV.

No dia em que, afinal, as filas de canoas aproaram, cerca de dois anos depois, sobre terras da Real Audiência de Quito, o estrépito da manifestação foi tamanho, que ecoou por todos os lugarejos circunvizinhos. E enorme

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