A pantofagia ou as estranhas práticas alimentares na selva. Estudo na Região Amazônica

2. Composição e transformação

Martius determinou a composição argilosa em Coari e Barra do Rio Negro:

"Por meio de ácidos, decompõem-se apenas em pedaços pequenos; ao fogo, pouco se altera a sua cor. Ambas estas espécies de argila, examinadas quimicamente pelo sr. Fickentscher, deram os seguintes resultados:

Argila de Coari e da Barra do Rio Negro:

Silício - 44,35 — 49,50

Argila - 30,50 — 30,05

Óxido férrico - 8,35 — 3,40

Potassa com vestígios de carbonato de sódio - 0,33 — 3,10

Água - 25,45 — 12,90

Vestígios de cal, manganês e magnésio - 0 — 0,50

TOTAL: 98,98 — 99,54

Em muitos lugares, por exemplo, em Óbidos e entre Coari e Ega, encontramos, em meio das acima descritas qualidades de argila, também uma das muitas espécies de caulim, em camadas paralelas com aquelas outras. Segundo experiências feitas com algumas porções dele, pode ser equiparado às melhores espécies alemãs de Passau, Schneeberg, Karlsbad e Halle. É branco de neve, de fratura desigual, imperfeita, conchoidal, não se altera em água e produz uma pasta maleável. Ao fogo continua branco e endurece, quebrando-se, então, com perfeita fratura conchoidal. Com ácidos, extrai-se apenas pequena porção de argila. As pesquisas do sr. Fickentscher deram cem partes: ácido salicílico, 45,60; argila, 30,00; talco, 1,00; cal, 0,60; água, 14,70. Total: 98,90. Todas essas camadas argilosas devem ser consideradas como parte de uma formação de marga irisada do citado grés kéuprico".(11) Nota do Autor

Outra análise química de argila revela este resultado percentual:

Perda ao fogo — 8,0

SiO2 — 57,2

Fe2O3 — 7,6

Al2O3 — 21,6

TiO2 — 0,3

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