Morais Coutinho(1) Nota do Autor pensa de modo diferente e nos diz que adota a opinião dos que negam aos documentos cerâmicos da Amazônia uma alta antiguidade para além da fase pré-colombiana, à qual corresponderia uma civilização extinta, sem conexão com as conhecidas populações históricas. Mais razoável, afirma Morais Coutinho, é dar àqueles documentos uma idade que os mostre quase contemporâneos da descoberta e admiti-los como obra das tribos filiadas aos grupos indígenas conhecidos.
"Os extintos fabricantes da nossa mais perfeita cerâmica bem parecem haver pertencido à grande família aruaque, a cuja influência se teriam agregado outros povos" - conclui Morais Coutinho.
Por sua vez, Max Uhle(2) Nota do Autor vincula os núcleos marajoara e cunaniara às civilizações chibcha da Costa Rica, do noroeste colombiano e do rio Napo (Equador).
Finalmente, Jorge Hurley, em Ilha Grande de Joanes, diz que a cerâmica encontrada nos aterros da ilha de Marajó lembra, com pequenas alterações do material e pintura, a dos maias da America Central e os modelos em pedra de Palanqué, no Iucatã, e a da caverna dos atura ou aturé, no Orinoco, sendo de salientar que os ídolos de barro representados pela figura Mica, "pinturas e esculturas do mesmo tema, encontradas em Marajó, são idênticos aos que foram trabalhados pelos maias na America Central e entre os povos do Iucatã, da Califórnia e até do Peru".