Uma das características dos seus estudos históricos é a seriedade com que examina os assuntos para os quais se volta, sendo de salientar também a honestidade com que fornece as fontes em que se baseia. Na maioria das vezes, as notas que enriquecem seus trabalhos constituem roteiros preciosos para o aprofundamento dos temas estudados. Ao contrário de outros historiadores, que não gostam de mostrar os andaimes de que se serviram para erguer a sua obra, Lacombe como que tem prazer em fornecer ao leitor todas as pistas que lhe possam ser úteis para novas e maiores investigações.
O acadêmico Francisco de Assis Barbosa já o incluiu entre "os mais conspícuos sabedores de fatos e curiosidades". E prosseguindo: "Não há o que não conheça do nosso passado. E sua erudição se estende não apenas à história recente (Império e República) como aos tempos mais recuados do período colonial: sua notícia sobre as capitanias hereditárias é das mais notáveis contribuições à nossa historiografia. Ninguém como ele discorreu com precisão e pleno conhecimento de causa sobre o problema do padroado e a Igreja católica no Brasil, inclusive sobre a teologia da libertação, como o demonstrou recentemente em livro memorável: A Obra Histórica do Padre Hoornaert (1983)."
Américo Jacobina Lacombe é Grande Benemérito e atualmente exerce a presidência do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. É também membro de várias instituições congêneres dos Estados, assim como da Academia Portuguesa da História e do Instituto de Coimbra.
Durante sua permanência em Paris foi encarregado do Curso de Civilização Brasileira na École des Hautes Études de l'Amérique Latine, da Sorbonne. Coordenou, durante vários anos, o ensino de História do Instituto Rio Branco, e participou das bancas examinadoras de vários concursos no Colégio Pedro II e nas Universidades de São Paulo e da Bahia.
A partir de 1951 passou a integrar a Comissão de Textos de História do Brasil do Ministério das Relações Exteriores, e desde 1957 dirige a Coleção Brasiliana, da Cia. Editora Nacional, onde substituiu Fernando de Azevedo.
Pertenceu ao Conselho da Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa e até 1980 foi Presidente da Alliance Française do Rio de Janeiro, tendo recebido pouco antes, das mãos do Embaixador Jean Béliard, a Cruz da Legião de Honra. Ao agradecer a condecoração com que o distinguiu o governo da Franca, Américo Jacobina Lacombe recordou as origens francesas de sua família, descendente de Louis Lacombe,