Visitantes do Brasil colonial (séculos XVI-XVIII)

II

A decepção do oficial francês no Rio de Janeiro. A vigilância dos cariocas sobre os seus lares. Providências frustradas. Curiosa ocorrência. Um baile dado pelo governador fluminense. A jactância do Sire de La Flotte. Asseverações suspeitosas. Aventuras do oficial no Oriente. Nova feição de espírito. Regresso à Europa.

Temos a impressão, ao ler o livro de La Flotte, que o seu jovem autor ao Rio de Janeiro chegou com a mesma disposição de sentimentos, animadores dos nautas da expedição do Gama, ao desembarcarem na famosa ilha "da deusa Cípria ordenada, para favor dos lusitanos", quando lhes pretendera dar, nos mares tristes, alegria.

Nas praias da Guanabara não contava ver apenas as mil árvores ao céu subindo, com pomos odoríficos e belos, as laranjeiras de frutos lindos, da cor que tinha Dafne nos cabelos, as cidreiras com os pesos amarelos, os formosos limões ali cheirando, a imitarem virgíneas tetas ou quiçá encontrar as famosas peras piramidais,

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