sido analisada pelo incansável e eruditíssimo explorador da literatura xeno-brasileira: Alfredo de Carvalho, cuja morte tão prematura, no vigor dos anos e do belo talento, foi verdadeira fatalidade para as nossas letras históricas.
E com efeito verificamos que o livro de Semple Lisle serviu de assunto a um dos excelentes estudos do douto pernambucano Proezas de um degredado inglês, resumo do que o autor britânico deixou escrito sobre as diversas zonas do Brasil por onde passou.
Começa Alfredo de Carvalho por notar quanto o século XVIII foi por excelência a era em que vicejaram os aventureiros.
E as aventureiras, acrescentamos nós. No próprio livro de Semple Lisle teremos o ensejo de nos encontrar com uma das de polpa, das de maior polpa, no mais alto cenário europeu: favorita real, amiga de dinastas, envolvida num dos mais escandalosos processos dos anais judiciários britânicos etc.
Vejamos porém os ótimos comentários do escritor pernambucano a propósito desta feição típica da era setecentista:
"O século XVIII foi por excelência a era dos aventureiros.
É que, talvez, jamais o ambiente social propiciasse tão singularmente a atividade, quase sempre estéril, destes trêfegos personagens, em geral interessantes, apesar de pouco simpáticos.