Visitantes do Brasil colonial (séculos XVI-XVIII)

Assim também nem mais uma palavra consagrou à Duquesa de Kingston, que, enfastiada do Norte, passaria pouco depois a viver em França. Ora num castelo magnífico, vizinho de Fontainebleau, que comprara, o de Saint-Assise, ora em Paris, onde mantinha suntuoso hotel, para maior furor dos sobrinhos do marido causador de sua incriminada bigamia. Velha, como era, ainda excitara esta Ninon britânica a violenta paixão de um dos maiores potentados moscovitas; o Príncipe de Radziwill! Talvez fosse essa a causa da sua mudança para a França, onde em 1786, quiçá em atitude cipiônica, queixosa da pátria, viria a extinguir-se na magnífica residência solarenga. Ali a cortejava numerosa e brilhante fidalguia, a quem dava esplêndidas festas.

Nem uma única palavra de requiem lhe consagrou o nosso escocês!

Talvez o movesse um sentimento de insopitável inveja de oficial do mesmo ofício.

Enquanto Elizabeth Chudleigh vivera bafejada pela fortuna para acabar em verdadeiro apogeu da opulência e da situação social, ele se via arrastado aos cubículos da prisão de Newgate e à grilheta da deportação presidiária para a longínqua Austrália...

Il ne suffit pas d'être une franche canaille...

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