Visitantes do Brasil colonial (séculos XVI-XVIII)

as escotilhas e impedir que descessem. Estava Minchin acovardadíssimo; escondera-se sob um beliche!

Afinal houve entendimento entre os rebeldes e legalistas. Aqueles declararam que nada fariam de mal se lhes fosse possível desembarcar em alguma terra americana onde ficassem livres. Preferiam fazê-lo no Rio da Prata. O Comandante Wilcox é que ia de mal a pior e dois dias mais tarde expirava.

Neste momento estava a "Lady Shore" em frente à barra da Guanabara. Aos amotinados pediram Semple, vários oficiais e passageiros que lhes concedessem desembarcar no Rio. Negaram-lhes os rebeldes a permissão, receosos de que a divisão naval portuguesa informada da sua pirataria saísse a capturá-los.

Queriam ver se fugiam, no Rio da Prata, e receavam qualquer denúncia que provocasse possível perseguição. Quem agora mandava a bordo eram três franceses! Estes sujeitos obrigaram o Comissário a lhes entregar uma caixa que continha 52 relógios de preço; deram-lhe de presente seis e dois dos melhores ao nosso Lisle. Por toda a parte e em todas as ocasiões sabia o espertalhão arranjar-se.

Afinal, a 15 de agosto de 1797, como estivesse a "Lady Shore" à altura da barra do Rio Grande, mas a muitas léguas da costa! — declararam os senhores do navio que consentiam no desembarque daqueles que quisessem partir.

Foram Lisle, e mais 28 homens, mulheres e crianças, uma delas de cinco meses de idade, transferidos

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