Visitantes do Brasil colonial (séculos XVI-XVIII)

cabo se rompeu, num fundo que deitou ferro, com nove braças para fora do Norte.

O vento de leste estava bastante áspero quando entramos, vindo à frente o "Dobaert", que deitou ferro, com nove braças para fora do castelo que se acha na costa norte da barra, em frente à qual se acha a cidade de Javeiro.

Há aí um estreito que uma vez atravessado permite entrar num mar espaçoso do qual saíam alguns rios.

O General (Oliver van Noord) despachou um escaler com um piloto chamado Barent Jansen e dois marinheiros. Dizia este piloto que ali era bem conhecido porque por lá passara havia quatro ou cinco anos. Pensava obter lá com facilidade refrescos, mas não soube ir a terra por causa da impetuosidade sainte deste Estreito.

No dia seguinte pela manhã, apareceu-nos grande canoa tripulada por sete ou oito homens com um português, falando bem o flamengo e chamado Pedro Tacq (sic), ali chegado com o Governador da Bahia e mais duzentos ou trezentos soldados. Este Pedro Tacq dizia que o Governador o enviara para descobrir que espécie de homens éramos, à vista do que lhe respondemos sermos flamengos, desejosos de obter algumas frutas ou refrescos em troca de dinheiro ou mercadorias. Queríamos bem com eles negociar. Depois que o General lhe demonstrou muita amizade voltou com a sua canoa para a praia, prometendo incontinente de tudo dar parte ao Governador.

Visitantes do Brasil colonial (séculos XVI-XVIII)  - Página 20 - Thumb Visualização
Formato
Texto