o nosso bom jesuíta, condecorou o seu autor com o velho dístico do haec olim meminisse juvabit. Abriu-a com a dedicatória cordial e arroubada do homem que ama e pratica a amizade: dirige-se "a todas as personalidades fidalgas mencionadas nas epístolas que se seguem".
A esta multiplicidade de padrinhos invoca:
"A vós, e com os melhores motivos, dedico estas cartas, a quem as escrevi e devoto a minha pessoa."
Explicando tão notável latitude de afectos, continua cheio de arroubos: "porque enquanto outros se mostram sequiosos de prazeres, ambiciosos de honras, cobiçosos de riqueza, todos vós fostes para mim todo o meu Prazer, toda a minha Honra, toda a minha Fortuna! E a minha Ambição nunca foi senão vós!" Homem amabilíssimo...
Tanta hipertrofia afetiva, queria porém explicá-lo, provinha da gratidão: "jamais houvera quem tanto de amigos merecera", isto bem o sabiam os seus inimigos.
Em aviso aos leitores, "aos gentis leitores", afirma o nosso jesuíta que não escreve para se glorificar e sim apenas para satisfazer a curiosidade de vários nobres amigos, desejosos de conhecerem o que ele observara em tanta terra longínqua, e exótica. Dentre eles especial menção devia ao Marquês de Newcastle, versejador grand seigneur que lhe tributava sincera admiração.
Isto a julgarmos pelos versos com que lhe aclamava o estro: