Feijó e a primeira metade do século XIX

ADVERTÊNCIA

Quando eu tomei a resolução de escrever a biografia crítica do Padre Diogo Antonio Feijó e da sua época, fiz um exame de consciência bem profundo, a fim de verificar, com exatidão da minha capacidade de poder reproduzir o vulto sinuoso por ele marcado no decurso da história oitocentista do país. Verifiquei, então, que eu me achava em condições especiais de evocar o perfil do sacerdote político, em virtude de varias circunstâncias das quais se ressaltava uma:

Eu, durante a primeira fase da minha vida, nessa em que se prepara o cérebro e se forja o caráter, tive um modelo que muito se aproximava da personalidade que foi o paulista da Regência. Eu tivera, mesmo, ante os olhos, ligado por um contato diuturno e assíduo, uma individualidade, que pelos seus contornos psicológicos e morais, o faziam se aproximar de Feijó. Muitas vezes, eu tive a oportunidade de analisar a psicologia dessa personalidade, sem que o natural embevecimento de uma admiração não pequena me fizessem desviar da verdade, pois que nunca fiquei cegado pelas suas qualidades ou pelos seus defeitos. Então, ao buscar no passado um símile para ela, encontrava sempre no silêncio sepulcral do além, envolvido na sua roupeta negra de sacerdote, a figura austera do Padre

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