Feijó e a primeira metade do século XIX

Diogo Antonio Feijó. Essa personalidade que eu faço referência e que constituiu o meu modelo vivo, esse que sempre se projeta, com uma saudade imensa na minha memória, foi o Senador Alfredo Ellis.

O Padre Feijó, não poderia ter no período de tempo que sucedeu a sua vida arestada, um símile mais aproximado que o Senador Alfredo Ellis, que foi um autêntico estadista da República, tendo pelo espaço de 34 anos, no Parlamento Federal, sido um representante do povo. Se estudarmos as vidas desses dois varões paulistas, encontraremos tais pontos de contato que não tenho dúvidas em afirmar que um foi a segunda edição do primeiro. De fato, Feijó apresentava tal rigidez de têmpera, tal desambição pessoal, tal honestidade, tal inflexibilidade de opiniões, tal espírito de coerência, que esses traços se refletem com espantosa nitidez no perfil do Senador Alfredo Ellis! Essas virtudes todas, elevadas ao mais alto expoente nesses dois vultos do passado, entretanto, mais se transpareciam quando envoltos nos casulos de bondade carinhosa de ambos esses austeros varões.

O Padre Feijó foi um anjo guardião da sua irmã mais moça, a quem tudo legou, e para quem devotou toda a sua vida de asceta do bem. O Senador Alfredo Ellis foi um santo de bondade, de candura e de enlevo, para os que lhe eram ligados pelos laços da intimidade. Tudo neles representava liberalismo, coerência, democracia, amor ao próximo, civismo, e tolerância. Eu, desde as mais tenras idades que ouvia contemplativo e extasiado aos conselhos que me ministrava o Senador Alfredo Ellis, recomendando-me sempre os exemplos plutarquianos

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