Feijó e a primeira metade do século XIX

a firmeza, a tenacidade, o desassombro, a coragem cívica, a abnegação, a audácia, o liberalismo, a tolerância, a simplicidade, a severidade do Regente. Escravocrata, o Senador Alfredo Ellis, libertou os seus servos, como Feijó o fizera, isto é, sem constrangimento de lei alguma. Nisso eu divirjo inteiramente do meu antecessor. Homem pobre e trabalhador, o Senador Alfredo Ellis, como Feijó, viveu a vida toda no trabalho rude, a pensar naqueles que lhe eram caros. Parlamentar, o Senador Alfredo Ellis, levou quase que meio século se empenhando pelo povo, ao qual dedicava todas as forças de sua voz infatigável de orador, do seu sentir empolgado e sincero que se concentrava exacerbado no objetivo que o levou a por duas vezes a se abeirar do supremo sacrifício.

Assim foi Feijó!

Eu tive esse modelo, diante de mim, a me orientar na vida. De modo que, assim, me é relativamente fácil evocar a figura de quem tanto honrou a sua terra.

Além dessa situação verdadeiramente privilegiada, para retratar a vida do eminente paulista, eu guardo comigo uma situação que é um ponto de contato a mais que fez aproximar do grande homem público desta terra.

Este, desde que ocupou a pasta da justiça na Regência trina, teve dificuldades em se locomover, dificuldades essas que se foram acentuando ao ponto de lhe tolher inteiramente a movimentação dos órgãos inferiores.

Eu, por ocasião do movimento de 1932, quando S. Paulo se levantou, com o fito de erguer a sua dignidade constantemente humilhada, me empenhando

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