Feijó e a primeira metade do século XIX

que transluziam a firmeza do caráter, de que o expoente mais destacado, mais frisante, mais marcado, era, sem dúvida, Feijó. Foi, por isso que eu cresci e formei o meu intelecto, sempre tendo no altar-mor da minha alta idealização a figura do Padre Feijó.

Um traço, porém, na formação mental do padre Feijó se distingue nítida da do Senador Alfredo Ellis. É a rapidez intelectual deste, se destacando da maior lentidão daquele. O Senador Alfredo Ellis era um relâmpago humanizado ao pensar.

O seu raciocínio parecia uma vertiginosa catadupa a se despenhar do alto de uma nevosa montanha. Ele foi muito mais impetuoso do que o Regente. Ele não media consequências de seus atos. Foi essa velocidade em tomar decisões, as quais nem sempre eram acertadas, que constituiu o maior da minha admiração por esse homem de fogo.

Oh! Quantas vezes ao jogar o xadrez, o Senador Alfredo Ellis, fazia lances espetaculosos com a maior rapidez, enquanto que eu tinha que me demorar dezenas de minutos para responder à desenvoltura com que o meu antagonista me ganhava as partidas que se sucediam como em rosários!

Como eu invejava aquela prontidão nas respostas, aquela agressividade ferina nos ataques, aquelas decisões que se cinematizavam como relâmpagos, se santelmizando aos meus olhos estáticos e a minha incapacidade de remediar, aquela tempestade tamborilante que se desencadeava incoercível!

Nisso me parece que, o Senador Alfredo Ellis se diferençou do Padre Feijó, mas no mais a convivência com o estadista da República nos lembravam

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