Feijó e a primeira metade do século XIX

Thomas More, ou com os escritos de Maquiavel ou de Ariosto.

A aristocracia na Europa havia se formado nessa idade média que selecionava os valores de acordo com o esforço nas lides e não de conformidade com o cérebro que se aperfeiçoava à medida que as grandes novidades saíam triunfantes da imprensa, do papel, da pólvora, da bússola e da caravela transoceânica. Já Francisco I havia teimado em opor a velha armadura medieval a arma de fogo de Carlos V, e fora obrigado a se refugiar no antiquado espírito da cavalaria agonizante que iria receber o golpe de misericórdia pela pena miraculosa de Cervantes. Já não eram mais os ameados castelos protegidos pelas muralhas espessas pelas pontes levadiças, pelos fossos, pelas barbacãs, as mais resistentes fortalezas, que então se erigiam nos cérebros mais potentes dos diretores do palco político europeu.

Foi nessa atmosfera que se recrutava a gente povoadora da América.

O galeão "Santissima Trinidad", vinha pejado de emigrantes que demandavam o Novo Mundo.

Gente que se amontoava à cordoalha dos castelos, procurava ver a paisagem que se desenrolava como em um presepe aos olhos contemplativos de mil olhares que se extasiavam sonhadores.

- Oh, o que reservaria de surpresas mirabolantes aquele interior selvático que se via ermo e silencioso além daquela fita alvinitente das praias, que se sucediam entrecortadas de morros e rendilhadas de tufos de coqueiros que alfinetavam chorosos um chão arenoso e fofo! E os selvagens? Bandos deles se viam, às vezes, como estaturas

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