receber o corpo daquele que, paralítico, via se sumir a voz e se extinguir a vida.
Três meses depois dessa iníqua deliberação do Senado, finava-se aquele que fora o Regente do Império. Mas apesar dessa perseguição evidente, a qual ressalta do documento que vai reproduzido acima, a figura de Feijó parecia a de um mártir que se glorificava com uma auréola esplendente de uma via crucis, da qual o documento acima não era mais nada do que um dos quadros dos de mais atroz sofrimento.
Ele nunca negara que tomara parte na guerra civil, que fizera por ela tudo quanto estivera em seu alcance, que se não fora estar moribundo, o barão de Caxias haveria de o encontrar com sua espingarda na mão, e ele era então um homem de 58 anos de idade, já merecendo um sossego pacífico pela vida atribulada que levara.
Tudo isso era feito pelos conservadores!
Que poderia esperar Feijó dessa corporação subserviente que era o Senado? Ele conhecia bem a essência dos homens de seu tempo! Ele conhecia bem a tigrina ferocidade de Vasconcellos e a estreiteza de vistas de Monte Alegre!
Aliás, Feijó não alimentava ilusões.
Lendo-se o final da sua defesa, verifica-se que ele, o mártir, não esperava outra cousa desse Senado, que havia conduzido à Presidência, o Caiaphas causador de seus padecimentos
O Senado resolveu contra Feijó, não obstante a clareza da sua situação diante da nenhuma prova dos autos contra si. Só isso bastaria para ser classificado de monstruoso um governo que dessa forma interferia no legislativo, o obrigando a fazer