Feijó e a primeira metade do século XIX

atos. Servio bem ao pais e com o mais nobre dezinteresse. É verdade que eu sou aristocrata com limitações na pratica - que lamento as opiniões do Pe. Diogo sobre disciplina ecleziastica. Mas Deus não permita que estas diferenças que esplico pelas tendencias da época, e pelas circumstancias particulares de seu nacimento e suas relações, sejam razão para tornar-me menos entuziasta na minha admiração dos grandes homens da geração que se vai sumindo ou de contemporanios dignos, ainda sendo de proporções de carater e de engenho menos gigantescos.

Noto algumas omissões em seu esboço, e talvês algumas por prudencia devem subsistir, desta ultima ordem são as dezavenças entre Feijó e a familia Andrada. Eu vi uma carta (com vexame o digo porque quereria não me ver obrigado de acreditar no fato) do Jozé Bonifácio em que este recomenda ao finado Capitão Mór Vicente da Costa Taques Góis e Aranha que exerça uma espionagem ativissima sobre o Pe. Feijó e que dê relatorios mensais de tudo quanto este obrar! Depois da abdicação de 7 de Abril houve guerra decidida entre estes homens que todos tanto nos merecem.

A vida Ituana do Pe. Diogo era interessante. - Foi catolico tão fervorozo em algum tempo que se disciplinava. É verdade que ensinava em Itú, mas eram estudos secundarios.

V. S. chama ao Pe. Diogo filho do povo homem do povo: perdoe-me se digo que nisto erra. O Pe. Diogo foi fruto de um grande crime - mas a brilhante carreira do filho e os acerbos sofrimentos fizicos da mãi por longos anos continuado resgataram a vergonha e expiação talvez em parte o crime. O Feijó foi filho ilegitimo mas a mãi era Camargo e do âmago dessa nobilissima raça, era prima irmã da mãi da Sra. Dona Ana Vicencia e do

Feijó e a primeira metade do século XIX - Página 585 - Thumb Visualização
Formato
Texto
Marcadores da Obra