Feijó e a primeira metade do século XIX

Tão longe estava o Feijó do terreno da mór parte daqueles que, ao depois, especularam com o seu nome como passaporte à confiança publica que nesse tempo ele se disciplinava!!! – (...)

17 de julho de 1856 - (...) O Pe. Diogo era primo de meu sogro e com ele foi creado juntamente na caza e sob as vistas do Vigário de Parnaíba o bom Pe. João Gonçalves Lima - primo irmão de meu sogro, parente e padrinho do Pe. Diogo. Assim aconteceu que quem ensinou ao Feijó o ABC foi meu sogro Joaquim José dos Santos Camargo e entre eles existia até o ultimo momento da vida do Feijó a mais estreita amizade. O Pe. Diogo era como irmão ou ainda mais do meu sogro e agora, depois que morreu, o amparo de sua irmã, a quem ternamente amava, tem sido o mesmo meu sogro. Esta Sra., a Dona Maria Justina de Camargo, é minha comadre duas vezes e talvez hoje a ninguém dedico maior amizade. Aponto isto a fim que V. S. fique ciente das razões domesticas que me tornam ciozo da reputação do Pe. Diogo a quem infelismente nunca conheci, pois que vim a esta Provincia em 1845. Mas não é sómente como parente que venero o Pe. Diogo. Em primeiro lugar, sei que resistindo às insinuações e solicitações ele salvou a cauza Monarquica, amparando com o poder que sobre as massas lhe dava o que de quasi divino por sua energia e coragem tinha o seu carater, a infância do Sr. D. Pedro II. Que as ambições ilegitimas de aventureiros ou as teorias especulativas de vizionários não arrancassem o cetro da debil mão do principe se deve à firmeza e à pureza de conciencia do Pe. Diogo.

Venero-o pela sua pura moral e pela singular combinação de nobres elementos que compunham o seu carater; pela sua grandeza intelectual e pela auzencia do menor resaibo de motivos sordidos em todos os seus

Feijó e a primeira metade do século XIX - Página 584 - Thumb Visualização
Formato
Texto
Marcadores da Obra