A língua do Nordeste – Pernambuco e Alagoas

A confusão entre onde, donde e aonde não é só dialetal. Nos bons escritores portugueses, Vieira, Garrett, Castilho, os exemplos mostram a indecisão do seu emprego.

Carneiro Ribeiro e Rui Barbosa, num verdadeiro luxo de erudição, apresentam-nos enorme série de exemplos clássicos onde há confusão das três formas:

"E os anexiristas donde dirão que está o ponto?"

D. Francisco Manoel, Feira dos Anexins, p. 183.

"Sobre a cabeceira d'onde pobremente estava encostado".

Bernardim Ribeiro, Menina e moça, p. 200.

"A bolsa donde as levava metidas estava fechada".

Vieira, Inéditos, v. II, p. 158.

"Não tenho donde fugir".

Idem, p. 150.

"Já inclinada pera aquela parte donde o esposo ia".

Idem, p. 219.

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