A língua do Nordeste – Pernambuco e Alagoas

de seu, de meu, não se flexionam para o feminino. Na Bagaceira, (p. 89), diz uma moça:

"Danço lá com esse trupizupe Nota do Revisor... Estou de meu, dando figa pra ele".

225. Há também um reforço de ideia verbal, que se consegue com a duplicação. Dá-se isso com verbos de movimento: sair, ir, andar etc. "Saiu que saiu danado!" — "Você andou que andou mesmo!"

Emprega esse processo o povo, bem como as pessoas instruídas, na linguagem cotidiana.

"Nunca que eu pudesse maldar. Mas até gato e cachorro já sabiam. Fiquei encafifado. E toquei-me pra Batalaia. Saí que saí feito".

Bagaceira, p. 74.

226. Além de pru móde, ou móde, contração de por amor de, para indicar circunstância de causa, (Ver nº 124) o povo emprega com frequência, também, pru via de.

"Silvino não morreu pru via de duas coisa"...

No tempo de Lampeão, p. 60.

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